O Plantão Judiciário do Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro (TJRJ) autorizou, nesta terça-feira (22), a prisão preventiva do rapper Mauro Davi dos Santos Nepomuceno, mais conhecido como Oruam, pelos crimes de tráfico de drogas, associação ao tráfico de drogas, resistência, desacato, dano, ameaça e lesão corporal. Em vídeo publicado nas redes sociais na tarde desta terça (22), o cantor afirmou que "deverá se entregar". Confira:
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Os crimes teriam sido cometidos na noite de segunda-feira (21), na porta da casa de Oruam, no Joá, bairro nobre da zona oeste do Rio de Janeiro. O rapper e um grupo de amigos impediram agentes da Delegacia de Repressão a Entorpecentes (DRE) da Polícia Civil de cumprir um mandado de apreensão contra um adolescente apontado como um dos maiores ladrões de carros do estado e segurança pessoal do traficante Edgar Alves de Andrade, o Doca, chefe da quadrilha Comando Vermelho (CV) no Conjunto de Favelas da Penha, zona norte do Rio. Oruam é filho de Márcio dos Santos Nepomuceno, o Marcinho VP, um dos líderes históricos do CV, que está preso.
A diligência de busca e apreensão do adolescente foi expedida pela Vara da Infância e Juventude do TJRJ. Os agentes estavam em uma viatura descaracterizada e monitoravam o suspeito, que foi abordado ao deixar a casa de Oruam. O cantor publicou, por meio de suas rede social reserva, um vídeo da situação. Nos stories, também foi divulgado o momento em que o cantor atira pedras nos policiais. Porém, o perfil do rapper foi desativado na tarde desta terça.
Hostilidades
A Polícia Civil conta que os homens desceram do imóvel e continuaram as hostilidades. “Um deles, inclusive, citando ser filho de Márcio dos Santos Nepomuceno, o Marcinho VP, uma das principais lideranças do Comando Vermelho, como forma de intimidação”, afirma a instituição.
Em seu perfil na rede social X (antigo Twitter), Oruam publicou um vídeo que mostra os policiais sendo xingados. Na rede social, o rapper escreveu também que os policiais estavam tentando prendê-lo.
A polícia diz que um dos homens que participaram da confusão correu para dentro da casa de Oruam, “o que obrigou a equipe a entrar para capturá-lo”. Ele foi autuado em flagrante por desacato, resistência qualificada, lesão corporal, ameaça, dano e associação para o tráfico. Oruam e os demais fugiram do local, segundo a polícia.
Prisão em fevereiro
No fim de fevereiro deste ano, o rapper chegou a ser preso pela Polícia Civil no mesmo endereço da confusão desta segunda-feira. Na ocasião, os agentes foram cumprir mandados de prisão e de apreensão contra um envolvido com disparo de arma de fogo em um condomínio em Igaratá, no estado de São Paulo, em dezembro de 2024.
Os policiais, também da DRE, encontraram na casa de Oruam um homem que possuía um mandado de prisão pendente pelo crime de organização criminosa. O rapper foi preso em flagrante sob suspeita de crime de favorecimento, mas acabou sendo solto logo no mesmo dia.
Depois de ser libertado, Oruam disse que não sabia que havia um mandado de prisão contra o homem preso na casa dele.
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